sexta-feira, 8 de março de 2013

Governo do Amapá contesta denúncias da Comissão de Direitos Humanos da AL

Com relação à matéria publicada nos jornais A Gazeta e Jornal do Dia, nas edições desta sexta-feira, 8 de março, sobre a visita da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amapá (CDH/ALAP), presidida pela deputada estadual Marília Góes, à Casa de Longa Permanência Abrigo São José, para apurar possível denúncia de que o Governo do Estado "não financia os investimentos e despesas daquela casa", o GEA vem esclarecer a verdade dos fatos.

Ao contrário do que alega a deputada Marília Góes - de que o não repasse dos recursos ao abrigo prejudica as atividades dos internos -, o Governo do Estado do Amapá informa que, desde 2007, pelo menos 50% dos valores dos benefícios de aposentadoria dos idosos são administrados pela coordenação daquela casa.

Os dados podem ser comprovados por meio de documentos e relatórios de prestação de contas da Gerência da Casa de Longa Permanência Abrigo São José. Esses fatos já eram do conhecimento da Promotoria de Justiça e Cidadania, uma vez que aconteceram ainda na gestão da então secretária Marília Góes, hoje deputada estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Desde 2011, a nova coordenação do abrigo presta contas na Promotoria da Cidadania dos recursos recebidos de aposentadoria dos internos. Portanto, as atividades e ações desenvolvidas são de conhecimento da referida promotoria, com o envio trimestral da prestação de contas desses recursos.

Somente em Janeiro de 2013, o promotor André Luís de Araújo, da Promotoria de Justiça e Cidadania, emitiu Recomendação no sentido de que os cartões de benefício dos idosos fossem entregues aos mesmos e assim foi cumprido por esta direção.

A verdade é que o custo mensal do Abrigo São José para o Governo do Estado é de R$ 146.752,97, abrangendo alimentação, material de higiene e limpeza, pessoal, veículos e limpeza do prédio, totalizando anualmente o valor de R$ 1.761.035,64.

"Quando assumimos, havia uma dívida de R$ 1,6 milhão, deixada pelo governo passado e um prédio completamente sem estrutura para abrigar os idosos. Fizemos uma limpeza geral, além da capina na área externa. Eliminamos vários focos de dengue e, de modo geral, o terreno estava infestado por ratos, baratas e caramujos", afirma a diretora do Abrigo São José, Terezinha Cardoso Nascimento.


Ela acrescenta que também foi reformada a cozinha e realizada a manutenção da rede elétrica. "Adaptamos ainda as camas para atender as necessidades dos idosos", informa a diretora.

Atendimento

Para garantir o pleno atendimento aos 53 idosos abrigados (43 homens e 10 mulheres), entre os quais 23 cadeirantes, a direção do abrigo conta com uma equipe técnica formada por dois médicos especializados em geriatria e psiquiatria, dois enfermeiros, um fisioterapeuta, dois psicólogos, dois assistentes sociais, um professor de educação física, uma nutricionista e dois educadores sociais, entre funcionários efetivos e cargos comissionado. Além deles, há funcionários contratados por empresa privada, sendo 22 cuidadores e oito higienizadores.

O fornecimento de alimentos, que na época também estava prejudicado, foi regularizado. A alimentação dos idosos é dividida em seis refeições diárias: café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar e ceia, com melhoria da qualidade após a contratação de nutricionistas. De acordo com a necessidade de cada idoso, foram incorporados ao cardápio suplementos alimentares, sem contar que a instituição foi beneficiada com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).


"Todas as quintas e sextas-feiras a despensa é abastecida. Além da comida, para manter uma rotina alegre e saudável aos idosos, eles participam de várias atividades, como fisioterapia, aulas de dança, relato de histórias e também do programa Brasil Alfabetizado", explica a diretora.

Para garantir transparência na gestão dos serviços e nas melhorias alcançadas pela casa, são encaminhados relatórios mensais ao Ministério Público do Amapá e ao Conselho Estadual da Pessoa Idosa, que também faz o acompanhamento de todas as atividades.


Núcleo de Jornalismo/Secom

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