A Prefeitura de Macapá continua com a operação tapa
buracos na capital com mais equipes e previsão de aumento das frentes de
trabalho nos próximos dias. O prefeito Clécio Luís autorizou a aquisição da
matéria-prima necessária para que o processo de conserto não pare até a chegada
do verão. A operação iniciou há um mês com três frentes, e agora segue com sete
equipes distribuídas em seis pontos da cidade. Dados da Secretaria de Obras do
Município (Semob) indicam que, os locais que foram tapados desde o início da
operação, somam 1 km de buracos.
Esse era um desafio do prefeito Clécio
desde que assumiu a PMM. Há anos os moradores de Macapá padecem com
o asfalto de má qualidade e falta de manutenção. A gestão anterior foi eleita
com a promessa de asfaltar 100 km por ano, que não cumpriu. Com a chegada das
chuvas a situação piorou e, em fevereiro, a PMM foi obrigada a colocar equipes
nas ruas para amenizar a situação precária, ainda que não possuísse a solução
definitiva. “Não era o que eu queria fazer, mas tivemos que colocar esse
material e esperar o verão para iniciar o serviço adequado”, disse o prefeito.
Foram muitas reuniões, testes e cálculos para buscar
alternativas até que a PMM tivesse condições, dentro da legalidade, de adquirir
o asfalto. A Petrobras veio à Macapá apresentar seu produto; paralelo, uma
empresa de Brasília testou nas ruas seu asfalto à frio com aditivo
especifico para utilização em tempos de chuva; a empresa Manari se ofereceu
para fornecer o asfalto frio convencional para compensar impostos, e
técnicos da Semob ainda trabalham para colocar a usina do município para
produzir o produto.
O asfalto que viria de Brasília, foi testado e aprovado e
está em processo de aquisição. Enquanto isso a PMM teve que optar pelo produto
da Manari, 800 toneladas de massa produzida e aplicada a frio, porém a
aderência nos buracos não foi a esperada devido as chuvas
que caíram logo em seguida à aplicação. As sete frentes que estão em
ação na cidade trabalham com 120 toneladas de asfalto quente, produzido em
Macapá. De acordo com o responsável pelo serviço, Albério Marques, o
inconveniente deste asfalto, é que ele só pode ser usado em área seca, o que
implica na espera da PMM pelas horas de sol na cidade.
“Estamos trabalhando muito para amenizar os problemas.
Infelizmente as chuvas não permitem uma ação sem interrupção usando essa
química”, explicou Albério. O produto é o quimicamente chamado de CBUQ
(Concreto Betuminoso Usinado a Quente), apropriado para uso no verão,
e que resiste melhor à carga de impacto que o asfalto á frio. “Seu diluente não
é a base de água, vai retrair, mas não vai dissolver, como estava ocorrendo com
a massa que estávamos usando que nos obrigou a refazer o serviço. O problema é
que não pode ser aplicado em área úmida”, disse Albério.
O asfalto à quente está sendo usado pelas sete frentes no
bairro Infraero II, nas ruas Almirante Barroso (Centro), Ernestino Borges
(Centro/Jesus de Nazaré), Mato Grosso (Pacoval), 13 de Setembro (Buritizal) e
duas equipes trabalham no Santa Rita, próximo ao chamado campo do Poeirão. O
planejamento da Semob distribuiu as equipes nos bairros em dias de semana, e no
sábado elas se concentram em um único setor. A tendência é ampliar para dez
equipes assim que as novas soluções que estão em processo de aquisição
estiverem disponíveis.
Coordenadoria de Comunicação/PMM
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