segunda-feira, 29 de abril de 2013

Contradição ou motivação politíca: Sinseap rejeita medida que defendia até recentemente


O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá – Sinsepeap já não consegue mais disfarçar a motivação política dos freqüentes movimentos paredistas realizados contra o Governo do Estado do Amapá. O motivo da atual paralisação, por exemplo, era até recentemente uma das principais reivindicações da categoria como revela matéria (texto na integra abaixo) produzida em abril de 2010 pela assessoria de comunicação do sindicato e publicado no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
De acordo com o texto, os professores tinham aprovado  “em assembleia a realização de um ato público para cobrar do governo do estado os acordos assinados com a categoria desde 2008”. Segundo o então presidente do sindicato Aildo Silva, “ao longo das negociações o governo garantiu que parte da regência de classe seria incorporada ao vencimento” , porém tal acordo  não estava sendo  cumprido pelo então governador Waldez Góes (PDT).
Diferente do governo passado, o atual governador Camilo Capiberibe acaba de enviar a Assembleia Legislativa do Estado o projeto de Lei que incorpora a regência ao salário dos trabalhadores. Ao invés de comemorar a medida, o sindicato se declarou contrário ao projeto reagindo novamente com anúncio de mais uma greve e uma série de outras medidas objetivando claramente promover desgaste ao governo.
Durante a aprovação do projeto na Assembléia Legislativa na última sexta-feira (26) a direção do sindicato reagiu com violência, ofendendo o governador e os parlamentares. Professores chegaram a jogar ovos em alguns deputados. Conduta semelhante ocorreu novamente nesta segunda-feira (29) durante um programa de rádio quando o atual presidente do sindicato, Aroldo Rabelo, partiu para a xenofobia contra a secretária adjunta de educação, professora Lúcia Furlan. Sem argumentos diante do debate sobre a questão o professor partiu para um discurso pessoal, atacando a colega professora por ela não ter nascido no Amapá. Aroldo também mentiu ao alegar inconstitucionalidade na lei aprovada pelo legislativo quando, na verdade, não há nenhuma irregularidade. Além do Amapá outros Estados estão adotando a mesma medida.
Desde 2011 o dirigente sindical  e filiado ao Partido da Social Liberdade (PSOL), Aroldo Rabelo,  vem liderando freqüentes greves contra o governo. Em 2012, ano de eleições, chegou a paralisar por três meses algumas escolas da rede de ensino do Estado. A paralisação ocorreu as vésperas do pleito e logo depois Rabelo aparecia no horário político eleitoral pedindo voto ao candidato do PSOL a prefeitura de Macapá. Dessa vez, novamente o partido foi o único a se manifestar publicamente contra o governo e a favor dos professores.

O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá – Sinsepeap aprovou em assembleia a realização de um ato público para cobrar do governo do estado os acordos assinados com a categoria desde 2008 e que ainda não foram cumpridos. Segundo Aildo Silva, Presidente do Sinsepeap, ao longo das negociações o governo garantiu que parte da regência de classe seria incorporada ao vencimento.
Outros acordos assinados pelo governo e que ainda não foram cumpridos diz respeito à tabela da categoria que hoje é de 25 padrões baixando para 22 e a reposição do período inflacionário. Tanto o corte na tabela como o período inflacionário, segundo o sindicato, dão uma soma de 08% que é o mínimo que o governo pode estabelecer.
“A legislação eleitoral estabelece que deva ser feita a reposição, más nós tínhamos um acordo assinado com o governo bem antes do período eleitoral, é por isso que nós queremos o cumprimento dos acordos. O sindicato propôs inclusive uma alternativa ao governo de que seja concedido com o cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional que é uma Lei Federal que pode ser cumprida a qualquer momento pelo Estado”, disse Aildo Silva.
 Fonte: Assessoria de Comunicação da Sinsepeap, 16/04/2010.


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