quarta-feira, 3 de julho de 2013

'Senador Randolfe escolheu o seu lado. Não nos representa!', afirma coletivo do PSOL

O coletivo político 'Socialismo e Liberdade' (Csol), que é uma tendência interna do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), nesta segunda (2), se manifestou contrário à reunião entre o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) com a presidenta Dilma Rousseff. Na sua página na internet, a facção afirma que o parlamentar desrespeitou mais uma vez a democracia interna do partido. Randolfe teria desobedecido a uma resolução da Executiva Nacional psolista, que havia decidido não comparecer à reunião.
Na postagem 'Senador Randolfe escolheu o seu lado. Não nos representa!', a corrente política faz duras críticas à forma de agir do senador amapaense, sugerindo que ele teria traído o movimento das ruas quando compareceu à reunião com a presidenta Dilma.
"A decisão individual de Randolfe ultrapassa todos os limites aceitáveis. A juventude de todos os cantos do país se levantuou em manifestações cotidianas, espontâneas ou não, demonstrando sua rebeldia contra os governantes e as péssimas condições de vida. A militância do PSOL está envolvida em cada uma dessas lutas em defesa de direitos da juventude e da classe trabalhadora. Randolfe, a partir da escolha de hoje, se insurge contra a instância partidária legítima, como se coloca do lado oposto ao da militância aguerrida do PSOL e ao das centenas de milhares de pessoas que saíram às ruas nas últimas semanas".
Segundo a Csol, não seria a primeira vez que o senador pelo Estado do Amapá contraria a direção partidária assumindo posturas individualistas que não representam a visão do PSOL.
"Essa não é a primeira vez que Randolfe desrespeita as instâncias e destoa do perfil partidário que defendemos. Desde as alianças eleitorais firmadas com partidos da ordem no Amapá até a absurda decisão de compor a bancada governista no Senado, Randolfe demonstra que, para ele, mais valem alguns segundos na imprensa nacional do que a defesa da coerência ideológica de um partido socialista e de oposição de esquerda ao governo".
Por que não conversar com Dilma
Para o PSOL, a forma com que o Planalto vem conduzindo as negociações com as "ruas" tem produzido muito mais efeitos midiáticos do que reais avanços sociais e políticos no País. Por esse motivo, nesse momento, o partido negou-se a conversar com o governo.
"Esse diálogo não é o que interessa aos movimentos e ao PSOL. Esse não é o diálogo que exigem as ruas que se levantaram nas manifestações de junho. Por isso, defendemos que o PSOL não vá falar com Dilma. Que a única consequência da presença do partido num diálogo com a presidenta, nesse momento de enfraquecimento do Planalto, seria estender ao governo uma tábua de salvação num momento de dificuldade provocado pelas manifestações que o questionam. E esse não é nosso papel!".

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