O segmento econômico baseado na produção de pequenos e
médios empreendedores do Amapá vai receber um incentivo de R$ 15 milhões só em
linhas de crédito - financiamentos com retorno e não reembolsáveis.
O recurso foi garantido na manhã desta terça-feira, 7,
quando o Governo do Estado firmou convênio com o Banco da Amazônia (Basa), que
garante o repasse ao Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap). O evento
de assinatura ocorreu na sala de reuniões do Palácio do Setentrião.
De acordo com a secretária de Estado do Desenvolvimento
Rural, Cristina Almeida, o montante destinado para a execução no exercício 2013
vai fomentar a agricultura, a pesca, a aquicultura, o extrativismo - nas
cadeias do açaí, castanha-do-brasil e cipó-titica - e a pecuária, entre outras
atividades econômicas do setor rural.
Ainda segundo a secretária, os 15 milhões que este ano
compõem o Fundo são recursos próprios do Estado. O aporte do Frap é originário
do cálculo de 2% da receita de arrecadação do Executivo estadual, como manda a
lei de criação do fundo. A aplicação do total de recursos é divida em 60% para
financiamentos não reembolsáveis e 40% para projetos que pleiteiam linhas de
crédito, que são gerenciadas pelo Basa.
O governador Camilo Capiberibe aproveitou para fazer um
balanço dos investimentos feitos nos últimos 2 anos no setor primário. Ele
destacou os R$ 5,6 milhões aplicados no fomento ao segmento pesqueiro, os R$ 12
milhões injetados na agricultura - através do Programa Territorial de
Agricultura Familiar (Protaf), e os outros R$ 12 milhões que impulsionaram a
pecuária, como exemplos da atenção especial dispensada aos produtores do Amapá.
"Nos dois últimos anos das gestões anteriores à
nossa, esses investimentos do Frap foram de apenas R$ 5 milhões. Este ano vamos
investir 200% a mais. Nós sabemos que o setor rural é o caminho para
desenvolver o Estado do Amapá", comparou Camilo Capiberibe.
O presidente do Basa, economista Valmir Pedro Rossi, corroborou
os dados evidenciados pelo governador ao fazer uma análise do cenário global de
alimentos, em que o Brasil atualmente figura como o maior produtor mundial.
"Nem os países mais ricos do mundo terão a capacidade de vender alimentos
como o Brasil, todas as prospecções e estudos apontam isto", afirmou.
"O Amapá deve se inserir nesta tendência,
principalmente por sua posição geográfica, que lhe dá preferência na escolha
das rotas de escoamento da produção. Elevar a produção de alimentos que lhe
coloque na condição de exportador, deixará o Estado com um potencial de
desenvolvimento ímpar, por isto é tão importante o que o governador Camilo
Capiberibe está investindo neste setor e o Banco da Amazônia está à disposição
para ajudar", avaliou Rossi.
Além de diretores do Basa, também estiveram presentes na
solenidade de assinatura do convênio a vice-governadora do Estado, Dora
Nascimento, os diretores-presidentes dos Institutos de Desenvolvimento Rural do
Amapá, Max Ataliba, e de Florestas do Amapá, Giovani Musial (em exercício), e
das Agências de Pesca, João Bosco Alfaia, e de Fomento, Sávio Perez.
Elder de Abreu/Secom
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