sábado, 6 de abril de 2013

Ator protesta contra presença de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos


O ator baiano Lázaro Ramos, um dos homenageados pelo seu trabalho em prol da igualdade racial, durante a cerimônia de comemoração de 10 anos da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), do Governo Federal, agradeceu ao reconhecimento do público e aproveitou a solenidade, nesta quinta-feira, para deixar o seu protesto contra o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
– Inclusive, o que a gente quer ver no Brasil são mais pessoas como os heróis de Lado a Lado (a novela da Rede Globo de TV na qual ele participou) e menos pessoas como Marco Feliciano. A gente compartilha dessa idéia (…) ‘Fora Feliciano!’ – disse o ator, aplaudido por sua militância pelas causas raciais desde a época que atuava do Bando de Teatro Olodum, em Salvador.
O ator e também diretor do programa Espelho do Canal Brasil, ressaltou a importância de mais iniciativas da mídia na luta contra o racismo e o preconceito de uma forma geral.
Situação insustentável
O protesto de Lázaro Ramos somou para que a situação do deputado evangélico fique ainda pior. Nesta tarde, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), disse que a presença dele na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) é “insustentável”. Alves prometeu uma solução para o caso até a próxima terça-feira e cobrou do PSC a saída de Feliciano do cargo.
– Do jeito que está se tornou insustentável a situação. Eu asseguro que será resolvida até terça-feira da semana que vem – garantiu Alves.
Marco Feliciano, na contramão dos fatos, afirmou nesta quinta-feira a jornalistas que não vai renunciar “de maneira alguma” a presidência da CDHM. Ele minimizou os protestos que têm lotado as redes sociais no país e disse que representa “mais de 50 milhões de evangélicos diretamente, mais um sem-número de pessoas e de famílias que têm a mesma visão (dele)”. Para o deputado, é “praxe” o presidente da Comissão se retirar em sessões que promovem audiências públicas e afirmou que a imprensa foi “sensacionalista” ao divulgar os fatos ocorridos na terça-feira, quando foi vaiado durante manifestação na Câmara.


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