sexta-feira, 12 de abril de 2013

Governo, Companhia das Docas de Santana e Mineradoras discutem escoamento de minério



O Grupo de Trabalho do Governo (GT), criado para elaborar um plano de ação para reduzir os impactos sociais, ambientais e econômicos do setor mineral do Amapá, se reuniu com a Companhia Docas de Santana (CDSA) e mineradoras, nesta quinta-feira, 11.
Dando sequência aos trabalhos do GT, onde ficou acertado na última reunião que seriam verificadas alternativas para a operação de embarque emergencial de escoamento da produção de minério, o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), José Reinaldo Picanço, apresentou as propostas defendidas pelo governo.
"Estamos coordenando o GT sob a incumbência do Governador Camilo Capiberibe. Temos a alternativa de fazer com que o minério seja transportado por duas vias de Santana para ser embarcado via CDSA. Pedimos para que a Secretaria de Transportes (Setrap) visitasse as áreas e estimasse um valor a ser gasto na pavimentação das ruas para viabilizar a trafegabilidade das carretas, e o órgão já realizou as visitas. O governo do Amapá dará todo suporte necessário", explicou o titular da Seicom.
Posicionamentos dos atores envolvidos no processo do transbordo do minério durante a reunião do GT
Segundo o Presidente da CDSA, Edival Tork, a capacidade de embarque da companhia é no máximo cinco navios por mês.
"Atualmente nosso porto comporta o embarque de cinco navios por mês. A Unamgen Mineração e Metalurgia S/A e Zamapá Mineração S/A, têm a prioridade nestes embarques. Porém, por se tratar de empresas menores, podem transportar um navio por mês sem prejudicar a operacionalização da empresa. Precisamos sim, pavimentar rapidamente as vias de acesso por onde passarão os minérios, e isso o governo está colocando sua equipe para estimar custos.Entraremos em um consenso para que nenhuma mineradora deixe de escoar sua produção de minério e assim essa atividade econômica do Estado continue a gerar emprego e renda para a população", esclareceu.
Para um dos representantes da Setrap, Paulo Bitencourt, a equipe da Setrap já pode estimar um orçamento.
"Inspecionamos as áreas e fizemos um orçamento nas duas vias, num percurso total do trajeto, de aproximadamente dois mil e duzentos e vinte metros para o acesso a CDSA. Sendo assim, a estimativa gira em torno de aproximadamente cinco milhões e trezentos mil reais, podendo variar de valor, tanto crescente, quanto decrescente com a inclusão de um estudo geotécnico para dar mais segurança à obra", ressaltou o técnico da Setrap.
Segundo o diretor do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap), Maurício Souza, é necessário elencar alguns condicionantes para as licenças.
"Nós precisamos estabelecer alguns condicionantes para a liberação das licenças, como melhoramento das vias, chamar a própria comunidade do local para esclarecer o porquê da pavimentação das ruas, realizar ainda, um estudo geotécnico do local e antes de entrar em ação com o grupo de trabalho operacional de pavimentação, queremos ter estudos concluídos e assim expedir a licença de transbordo do minério nas vias", ratificou o diretor Maurício Souza.
O representante da Anglo Ferrous, que cuida da operação portuária da empresa, Gustavo Gomes, disse que a mineradora sabe que a prioridade do porto é par as empresas Unamgen e Zamapá.
"Sabemos que a Unamgen e Zamapá são as empresas com prioridade na CDSA, porém o que pudermos exportar já será de grande valia. Queremos embarcar pelo menos dois navios por mês", contou.
O advogado da Unamgen,Gilson Silva, disse que a empresa está à disposição para somar no que for possível.
"Estamos aqui para trabalhar em conjunto. Temos aproximadamente 350 colaboradores que dependem dessa atividade, pois 90% dos nossos operários são do Amapá, a empresa não quer demitir ninguém", falou.
Além da pavimentação das vias, a CDSA conta com um espaço de armazenamento que comporta até 60 mil toneladas de minério. Pois segundo o titular da companhia, os produtos precisam de um espaço para distribuir a armazenagem dos três tipos de minérios diferentes das três referidas empresas. Dessa forma, operacionalizando o embarque com segurança.
Medidas para o transbordo do minério
Na ocasião foi eleito um representante de cada instituição para compor o Grupo de Trabalho Operacional, que se encontrará na próxima, terça-feira, 16, na Seicom, para decidir sobre o transbordo do minério. O GTO discutirá também quem financiará a pavimentação das vias de acesso para o escoamento de minério até a CDSA, a iniciativa pública ou a privada.
Na reunião participaram ainda representantes da Secretaria de Planejamento (Seplan) e Amapá Florestal e Celulose S.A (Amcel).
Lilian Monteiro/Seicom

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