quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Senadores recebem petição contra Renan Calheiros



 Um grupo de "ativistas anticorrupção" - como se autodenominam seus integrantes - fez a entrega simbólica de petição com 1,6 milhão de assinaturas virtuais, pedindo o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. Apenas os senadores João Capiberibe (PSB/AP), Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) estiveram presentes. Também participou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).
 Foram entregues aos parlamentares 15 caixas vazias, simbolizando as assinaturas coletadas na internet. "As denúncias contra Renan são graves e agora reforçadas pela representação do procurador-geral, Roberto Gurgel, ao STF. Ele renunciou à Presidência do Senado em 2007 para escapar da cassação do mandato e agora volta ao mesmo cargo. Isso é inadmissível", afirmou Pedro Abramovay, diretor de Campanhas da Avaaz, a maior comunidade de petições do mundo.
Em um breve discurso, João Capiberibe destacou a Lei da Transparência (Lei Complementar 131/2009), e ressaltou a importância da população exercer o controle social, aproveitando as ferramentas disponibilizadas pela internet. Para ele, apesar dos avanços, ainda falta um passo decisivo para que a população possa exercer de fato uma participação democrática no país: o controle social dos orçamentos. “O Senado tem muito dinheiro e a população precisa ficar atenta e fiscalizar a aplicação desses recursos” – disse Capiberibe.
 Depois da entrega das assinaturas aos senadores, os ativistas dirigiram-se ao STF, para entregar uma carta pedindo celeridade aos ministros quanto à decisão de acolher ou não a representação do procurador-geral, Roberto Gurgel, contra Renan Calheiros. Também pretendem levar uma representação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pedindo que a entidade entre com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o regimento do Senado, para que a eleição da Mesa Diretora por meio de voto secreto seja considerada inconstitucional.

 Informações para a imprensa
 Aline Guedes

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